1 – Introdução
Ao arrancarmos uma planta de feijão de alguns dias de idade, verificamos que seu organismo é constituído por uma serie de partes que, da base para o ápice, são: raízes, caule e folhas.
Se essa planta fosse mais velha poderia ter flores, das quais resultariam frutos, em cujo interior desenvolveriam sementes. Estas, plantadas em condições favoráveis, germinariam dando origem, cada uma, a uma planta igual a que as produziu.
As primeiras partes mencionadas são órgãos que garantem a sobrevivência do individuo: órgãos vegetativos. As demais estão ligadas á reprodução e permitem a perpetuação da espécie: órgãos reprodutivos.
O estudo da aparência externa desses órgãos é objeto da Organografia.
Se tomarmos qualquer órgão, por exemplo, o caule e dele fizermos fatias tão finas que sejam transparentes, e se colocarmos essas fatias em água, entre uma lamina e uma lamínula de vidro, das que se usam em microscopia, uma observação ao microscópio revelara que as referidas fatias são constituídas por um grande numero de formações que variam em aspecto, etc. são as células, que estão reunidas em grupos homogêneos, da mesma origem e de funções semelhantes: os tecidos.
O estudo da organização interna, isto é, da estrutura de um órgão, recebe o nome de Anatomia. Como esse estudo implica no reconhecimento, na analise dos diferentes tecidos, chama – se também Histologia. O estudo das células que compõe os tecidos é objeto da Citologia.
Iniciamos tomando como exemplo uma planta de feijão, mas o mesmo poderíamos fazer com qualquer outro vegetal, como o café, o milho, arvores de grande porte, ou plantas menos evoluídas, como certas samambaias, musgos, etc.
Com relação às arvores não seria possível, numa só pequena lamina, colocar a seção transversal de todo o seu tronco, que pode ter grande desenvolvimento. Isso, porem, não seria necessário, porque basta estudar pequenas porções que caibam nas dimensões de uma lamina microscópica para se conhecer a estrutura do tronco todo.
No caso de outros vegetais, como musgos ou samambaias, teríamos diferenças na anatomia dos diversos órgãos, que por sua vez poderiam não ser os mesmos das plantas antes mencionadas.
O que persiste, geralmente, é o principio de que o vegetal tem um organismo constituído por órgãos, os quais são formados por tecidos que são um conjunto de células.
Mesmo esse principio não é valido quando se considera todo reino vegetal, pois há plantas de grupos primitivos que não tem órgãos: são conjuntos de células que formam ou não tecidos.
Há também, vegetais unicelulares, isto é, cada um representado por uma só célula.
Se quisermos ir mais longe, teremos que considerar, ainda, seres mais primitivos que nem chegam a ser células típicas. É o caso, por exemplo, de certas Bactérias.
Finalmente, nos limites da vida, encontraremos seres sem natureza celular: os vírus, por exemplo.
Sumário
- O organismo vegetal é formado de órgãos, que se compõem de tecidos, os quais são conjuntos de células, homogêneas quanto à origem, a forma, a organização e as funções.
- O estudo de morfologia externa do organismo vegetal, de suas diferentes partes, chama – se Organografia.
- O estudo da morfologia interna isto é, da estrutura das diferentes partes recebe o nome de Anatomia que, em Botânica, é sinônimo de Histologia, pois implica no estudo dos tecidos.
- A disciplina que cuida do estudo das células, as unidades constituídas dos tecidos, é a Citologia.
- Há plantas que não tem os mesmos órgãos que os chamados vegetais superiores. Há outras que são simples aglomerados de células, sem formarem tecidos ou órgãos. Outras, finalmente, são unicelulares ou mesmo células atípicas.
Perguntas
- Qual a diferença entre Organografia e Anatomia?
- Há diferença entre Anatomia e Histologia em Botânica?
- Qual é o objetivo da Anatomia?
- Qual é o propósito da Histologia?
- O que estuda a Citologia?
- O que entende por órgão vegetativo? Cite exemplos.
- O que entende por órgão reprodutivo? Cite exemplos.
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