sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Glossário Básico

Bom pessoal, tá ai um glossário básico de botânica, espero que ajude em algo. Abraços fui.....

A

ADUBAÇÃO FOLIAR - Aplicação de adubos para serem absorvidos diretamente pelas folhas, geralmente, além do nitrogênio, fósforo e potássio, possui micro elementos.

AGENTE POLINIZADOR - Ave ou inseto que fecunda a flor.

ALADO - Que tem asas.

ALBA - Variedade branca sem pigmentação de uma espécie ou híbrido albino.

ANTERA - Parte final da coluna, onde estão localizadas as políneas.

APICAL - No ápice refere-se a orquídeas com inflorescências no topo do pseudobulbo.

ASSIMBIÓTICO - Processo de reprodução de orquídeas utilizando sementes e meios de cultura com componentes nutritivos que permitem seu pleno desenvolvimento. Quando bem executado, podemos obter milhares de orquídeas com uma única cápsula de sementes. Knudson descobriu este processo em 1922.

B

BASAL - Na base. Refere-se a orquídeas com inflorescências na base do pseudobulbo.

BAINHA - Qualquer estrutura tubular protetora que envolve outro órgão da planta. É a parte que constitui a base de uma folha e que abraça total ou parcialmente o ramo ou o caule.

BIFOLIADA - Diz-se das orquídeas simpodiais que possuem duas folhas.

BULBO - Órgão de armazenamento de reservas nutritivas. Eles permitem que numerosas plantas suportem longos períodos de inatividade total (dormência), e que apresentam freqüentemente uma membrana protetora chamada túnica.

BULBO TRASEIRO - São os pseudobulbos velhos nas orquídeas simpodiais, que ainda tem capacidade de reproduzir uma nova planta. Precisam ter os "olhos verdes".

C

CANA - Pseudobulbo alongado, parecendo cana-de-açúcar. Folhas alternadas.

COLUNA - Corpo em que as partes masculina e feminina da flor se encontram fundidas. A coluna é uma característica essencial para a identificação das orquídeas. Órgão sexual das orquídeas.

CULTIVAR - Uma planta especifica, particular, única, que possui características individuais. Clone.

D

DESCANSO HIBERNAL - Descanso vegetativo da planta.

DIVISÃO - Refere-se ao processo ou nova planta obtida através de uma outra planta adulta.

DRENAGEM - Material usado no fundo do vaso a fim de permitir que o "substrato" tenha escoamento perfeito da água.

E

ELMO - Espécie de capacete, armadura antiga para a cabeça.

EPÍFITAS - Aquelas que se desenvolvem sobre as árvores ou pedras no seu estado selvagem. Por meio de suas raízes aéreas, elas absorvem o alimento da atmosfera ou das fendas onde se alojam. Se fossem plantas parasitas como o pessoal pensa, elas não poderiam jamais ser cultivadas em pedaços de casca de árvores, tocos de madeira, placa de xaxim, etc...

ESFAGNO - Musgo de água, bom substrato para as plantas jovens, desde a semente até a primeira floração.

ESPATA - Capa protetora que desenvolve o escapo floral quando em desenvolvimento. Quando aparece, significa que a floração está próxima.

ESPÁTULA - Órgão que encobre e protege os botões florais no início do crescimento.

ESPÉCIE - Um tipo individual de planta que possui características distintas de outras plantas do mesmo gênero.

ESTIGMA - Parte superior do pistilo (órgão feminino da flor) sobre o qual o pólen vem a depositar, o que permitirá a fecundação.

F

FLOR - Órgão da planta adaptado à reprodução sexuada em que o pólen proveniente da parte masculina estame é transferido para o ovário da parte feminina (pistilo) para que se dê a fecundação e surjam então as sementes.

FRENTE - Diz-se dos primeiros pseudobulbos das plantas simpodiais no sentido inverso ao do crescimento.

FOTOSÍNTESE - Processo no qual as plantas obtêm açúcar e carboidratos, através da água e do dióxido de carbono do ar, usando a clorofila exposta à luz.

G

GÊNERO - Subdivisão de uma família que agrupa espécies muito próximas. O nome do gênero vem em primeiro lugar na designação latina de uma planta.

GINOSTÉMIO - Órgão central, em forma de coluna, das flores das orquídeas, constituído pela junção do estame e do pistilo.

H

HABITAT - Local ou região com características singulares onde normalmente uma planta vegeta, podendo ser encontradas desde, lodaçais e prados úmidos (Cypripedium reginae, Calopogon), florestas sombrias (Goodyera), dunas (Epipactis dunensis), rochas ou litófitas (Cattleya enlogata), mangues (Epidendrum boothianum), subsolo (Rhizanthella gardneri), árvores (Laelia gouldiana), prados e revaldos (Orchis mascula).

HASTE FLORAL - Longo ramo desprovido de folhas que parte da base da planta e é guarnecido de flores.

HÍBRIDO - Resultado do cruzamento entre espécies, subespécies ou híbridos, dando origem a uma nova planta, que apresenta as características dos pais que a geraram.

HÍBRIDO INTERGENÉRICO - Híbrido entre plantas ou híbridos de dois ou mais gêneros.

HÍBRIDO NATURAL - Híbrido encontrado naturalmente.

I

INFLORESCÊNCIA - Termo genérico para designar a parte floral de uma planta.

IMAGO - Forma definitiva do inseto, depois das suas metamorfoses, na qual se lhe define o sexo.

L

LABELO - Pétala maior e mais colorida da orquídea, aonde difere das outras duas pela forma, dimensão, tonalidade, etc. Serve de plataforma.

LITÓFITA - Planta que se desenvolve sobre rochas.

M

MEIO DE CULTURA - Material onde são cultivadas as orquídeas.

MERICLONE - Planta obtida através de meristema.

MERISTEMA - Divisão clonal de uma planta, também chamada micropropagação ou cultura de tecido. Para utilizar este método, necessita-se de um ótimo microscópio estetoscópio para facilitar a propagação do núcleo meristemático da orquídea. A escolha da planta é fundamental para iniciar este método.

MONOPODIAL - É o crescimento da planta apenas no sentido vertical.

MICORRIZA - É o fungo que vive nas pontas das raízes em simbiose com as orquídeas.

MUDA - Planta jovem obtida da germinação da semente ou de estacaria, não apresentando ainda ramificações do caule, mas que se encontra suficientemente desenvolvida para poder ser envasada.

N

NIDOEPÍFITAS - Esse termo foi inventado por Hoehne ao descrever as espécies que desenvolveram uma combinação específica de raízes; a Miltônia cuneata é um ótimo exemplo. Crescem nos topos dos troncos das árvores, depois da bifurcação principal, produzem raízes finas.

NINFA - Forma intermediária entre a larva e o inseto adulto.

NÓ - Junção da haste ou pseudobulbo no qual se originam as folhas, em alguns gêneros flores e novos crescimentos.

O

ORCHIDACEA - Provavelmente a família com o maior número de plantas. Algumas epífitas, outras terrestres, rizomatosas na sua maioria.

OLHO - Diz-se da parte das orquídeas mais comumente nas simpodiais, que tem capacidade de desenvolver novo rizoma.

P

PANÍCULA - Inflorescência que possui uma haste ramificada. Geralmente as flores mais baixas abrem primeiro.

PARASITA - Vegetal que suga a seiva de outro vegetal, o que não ocorre com as orquídeas.

POLÍNIA - Grãos de pólen ou massa de consistência cartilaginosa, cerosa ou granulosa que se aglutinam e ficam sensivelmente com forma esférica.

PSEUDOBULBO - Um bulbo falso. Numa orquídea epífita, o pseudobulbo consiste num caule espessado que emerge do rizoma a intervalos e serve de órgão de armazenamento para água e substâncias nutritivas.

PUPA - Forma intermediária entre a larva e a imago, nos insetos holometabólicos.

R

RACEMO - Inflorescência sem ramificação.

RAÍZES AÉREAS - Que se desenvolvem no ar, emitidas por caules aéreos. Suas funções são freqüentemente, a de segurar a planta a árvores ou a outros suportes e a de absorver umidade do ar.

RIZOMA - Caule carnudo que une sucessivos brotos. Pode estar no subsolo ou na superfície do solo nas espécies terrestres, como também nas epífitas que ficam na superfície da casca a árvore. Seu crescimento dura mais de uma estação, e é um órgão de armazenamento de reservas.

RUPÍCOLA - Planta que vegeta sobre as pedras.

S

SAPRÓFITA - Planta que retira o alimento de organismos mortos. São raríssimas. A primeira orquídea foi coleta em 1928 na Austrália, trata-se da Rhizanthella gardneri.

SEEDLING - Planta nova. Período que varia da semente até a primeira floração.

SIMBIÓTICO - Processo de propagação natural das orquídeas na natureza em que o embrião das sementes é atacado pela ação de um fungo chamado Micorriza, que vive em simbiose nas raízes. Esse fungo transforma a água e os detritos que são depositados nas raízes, em elementos nutritivos para que as sementes germinem.

SIMPODIAL - Plantas que desenvolvem nos dois sentidos, horizontal e vertical.

SPHAGNUM - Musgo d'agua (ótimo substrato).

SUBSTRATO - Material utilizado para plantar orquídeas como: xaxim desfibrado, fibra de coco, casca de pinus (curtida), etc.

T

TERRESTRES - Plantas que vegetam na terra.

TÚNICA - Invólucro exterior livre, membranoso ou fibroso, que envolve vários tipos de bulbo.

U

UNIFOLIADA - Diz-se das orquídeas que possuem uma única folha.

V

VARIEDADE - O mesmo que cultivar.

VELAME - Como uma capa esponjosa envolvendo as raízes para protegê-las da perda da água e ajudar na absorção.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

1ª Aula de Botânica

1 – Introdução

Ao arrancarmos uma planta de feijão de alguns dias de idade, verificamos que seu organismo é constituído por uma serie de partes que, da base para o ápice, são: raízes, caule e folhas.

Se essa planta fosse mais velha poderia ter flores, das quais resultariam frutos, em cujo interior desenvolveriam sementes. Estas, plantadas em condições favoráveis, germinariam dando origem, cada uma, a uma planta igual a que as produziu.

As primeiras partes mencionadas são órgãos que garantem a sobrevivência do individuo: órgãos vegetativos. As demais estão ligadas á reprodução e permitem a perpetuação da espécie: órgãos reprodutivos.

O estudo da aparência externa desses órgãos é objeto da Organografia.

Se tomarmos qualquer órgão, por exemplo, o caule e dele fizermos fatias tão finas que sejam transparentes, e se colocarmos essas fatias em água, entre uma lamina e uma lamínula de vidro, das que se usam em microscopia, uma observação ao microscópio revelara que as referidas fatias são constituídas por um grande numero de formações que variam em aspecto, etc. são as células, que estão reunidas em grupos homogêneos, da mesma origem e de funções semelhantes: os tecidos.

O estudo da organização interna, isto é, da estrutura de um órgão, recebe o nome de Anatomia. Como esse estudo implica no reconhecimento, na analise dos diferentes tecidos, chama – se também Histologia. O estudo das células que compõe os tecidos é objeto da Citologia.

Iniciamos tomando como exemplo uma planta de feijão, mas o mesmo poderíamos fazer com qualquer outro vegetal, como o café, o milho, arvores de grande porte, ou plantas menos evoluídas, como certas samambaias, musgos, etc.

Com relação às arvores não seria possível, numa só pequena lamina, colocar a seção transversal de todo o seu tronco, que pode ter grande desenvolvimento. Isso, porem, não seria necessário, porque basta estudar pequenas porções que caibam nas dimensões de uma lamina microscópica para se conhecer a estrutura do tronco todo.

No caso de outros vegetais, como musgos ou samambaias, teríamos diferenças na anatomia dos diversos órgãos, que por sua vez poderiam não ser os mesmos das plantas antes mencionadas.

O que persiste, geralmente, é o principio de que o vegetal tem um organismo constituído por órgãos, os quais são formados por tecidos que são um conjunto de células.

Mesmo esse principio não é valido quando se considera todo reino vegetal, pois há plantas de grupos primitivos que não tem órgãos: são conjuntos de células que formam ou não tecidos.

Há também, vegetais unicelulares, isto é, cada um representado por uma só célula.

Se quisermos ir mais longe, teremos que considerar, ainda, seres mais primitivos que nem chegam a ser células típicas. É o caso, por exemplo, de certas Bactérias.

Finalmente, nos limites da vida, encontraremos seres sem natureza celular: os vírus, por exemplo.

Sumário

  1. O organismo vegetal é formado de órgãos, que se compõem de tecidos, os quais são conjuntos de células, homogêneas quanto à origem, a forma, a organização e as funções.
  2. O estudo de morfologia externa do organismo vegetal, de suas diferentes partes, chama – se Organografia.
  3. O estudo da morfologia interna isto é, da estrutura das diferentes partes recebe o nome de Anatomia que, em Botânica, é sinônimo de Histologia, pois implica no estudo dos tecidos.
  4. A disciplina que cuida do estudo das células, as unidades constituídas dos tecidos, é a Citologia.
  5. Há plantas que não tem os mesmos órgãos que os chamados vegetais superiores. Há outras que são simples aglomerados de células, sem formarem tecidos ou órgãos. Outras, finalmente, são unicelulares ou mesmo células atípicas.

Perguntas

  1. Qual a diferença entre Organografia e Anatomia?
  2. Há diferença entre Anatomia e Histologia em Botânica?
  3. Qual é o objetivo da Anatomia?
  4. Qual é o propósito da Histologia?
  5. O que estuda a Citologia?
  6. O que entende por órgão vegetativo? Cite exemplos.
  7. O que entende por órgão reprodutivo? Cite exemplos.